sábado, 1 de maio de 2010

Carolina Kasting se assustou ao ler o roteiro de sua vilã em "Escrito nas Estrelas"

Carolina Kasting, atriz que está no elenco de "Escrito nas Estrelas"

Carolina Kasting, atriz que está no elenco de "Escrito nas Estrelas"
Quando Carolina Kasting foi questionada por sua filha Cora, de quatro anos, a respeito do lado negro da força –expressão criada na série "Guerra Nas Estrelas"–, teve o clique para definir o perfil psicológico da egoísta Judite, personagem que a atriz interpreta em "Escrito nas Estrelas", da Globo. "Ela é má, capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer. Nunca havia interpretado uma vilã assim. Fiquei até assustada quando comecei a ler o roteiro", confessa.

Durante o trabalho inicial de composição, a atriz fez uma análise do comportamento da personagem nos diferentes núcleos pelos quais transita. "Dependendo da pessoa com a qual esteja, ela se comporta de uma ou outra maneira. Ela não é a mesma com a família e com as amigas", exemplifica. Com outras vilãs no currículo, como a Rosana, de "Terra Nostra", e a Laura, de "Mulheres Apaixonadas", Carolina acredita que sua personagem no folhetim das 18 h supera as demais. "Ela não poupa nem os próprios filhos", afirma, indignada.

Em 2009, depois de despedir-se de Béatrice, sua personagem em "Malhação", a atriz aceitou o convite da diretora Karen Acioly para protagonizar o espetáculo infantil "Ogroleto". Em breve, ela terá de conciliar as gravações da novela com as apresentações da peça, que volta a estar em cartaz em maio. "Dei uma parada por conta do início da novela, mas já está tudo pronto para a reestreia", indica. Carolina se diz influenciada pelas experiências que está vivendo como mãe. "Descobri coisas novas e mudei muito com a maternidade. Isso também se vê refletido em algumas escolhas que fiz no terreno laboral", reconhece."

É a primeira vez que você muda radicalmente de visual, abandonando inclusive o tom natural do seu cabelo. A que se deve essa necessidade?
Conversei com o Papinha –diretor da novela– sobre a personagem e chegamos à conclusão de que seria necessário mudar o registro. A ideia era fazê-la meio perua, já que ela é consumista e se preocupa com a aparência. O cabelo castanho, que gosto mais para mim, é um pouco romântico. Não combina com ela, que é muito extrovertida. Depois de assistir ao filme "Um Sonho Possível", com a Sandra Bullock, pensei: "É isso! Ela vai ficar bem com a franjinha picotada e o cabelo mais claro, louro".

Mas a mudança não se dá só no quesito físico. Pela primeira vez você faz uma personagem mais extrovertida. Como é a experiência?
Muito legal. Eu já tinha participado de duas temporadas de "Malhação" e, por mais que a Béatrice, minha personagem na novelinha, não fosse tão espevitada, já tinha uma abertura maior. Tirando essa experiência, pode-se dizer que minhas personagens eram realmente mais introspectivas. Em "Escrito nas Estrelas", além dessa coisa meio exagerada, tem também a questão da maldade. Se consideramos essa combinação, ela é realmente muito diferente de tudo que eu já interpretei.

Que diferença você imprimiu à personagem?
Na verdade foram várias as características que achava que a personagem deveria ter. Eu já tinha vivido outras vilãs em novelas, mas queria fazer algo totalmente diferente dessa vez. Como ela é uma dondoca que não quer abrir mão da comodidade de um casamento falido, era importante destacar o lado fútil dela. E também mostrar que ela não tem princípios. Age sem se preocupar com as consequências dos seus atos. Sem contar que ela é meio bipolar. Vai da depressão à euforia. Estou adorando fazer.

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