quinta-feira, 23 de setembro de 2010

‘Escrito nas estrelas’: novela se despede sem um ponto final


Ricardo e Viviane: final guardado a sete chaves

“Escrito nas estrelas” ainda nem acabou, mas já está deixando saudade. E não é só o elenco estrelado da novela das seis da Globo que vem lamentando o fim da trama nos bastidores. O público também começou a se manifestar nos sites de relacionamento, na maioria das vezes reclamando que “novela boa dura pouco”. Quem espera ver mocinho casando com mocinha e vilão se dando mal amanhã, no último capítulo da história escrita por Elizabeth Jhin, pode ser surpreendido.
— Me emocionei muitíssimo quando li os últimos capítulos. O mais legal é que a Beth (autora) não põe um ponto final na história, como é na maioria das novelas. O desfecho sugere continuidade — conta Carolina Kasting, intérprete de Judite.
A vilã, mesmo depois de aprontar para cima de Mariana (Carol Castro) e maltratar os filhos em nome da paixão pelo ex-marido, Guilherme (Marcelo Faria), não vai ser punida. Além dela, outro vilão será protegido: Gilmar, vivido por Alexandre Nero. Sobre os desfechos, principalmente dos protagonistas Ricardo e Viviane, vividos por Humberto Martins e Nathalia Dill, a autora faz mistério.
— Posso dizer que os finais desses queridíssimos personagens vão encher a alma dos nossos espectadores — aposta Elizabeth, que comemora a ótima repercussão da novela.
A audiência mantida por “Escrito nas estrelas” desde a estreia — com picos de 33 pontos no Ibope, um alto índice para o horário — teve o tema como um forte aliado.
— Desde o início eu esperava que “Escrito nas estrelas” fosse um grande sucesso. O brasileiro é um povo de muita fé. Fora o momento propício que pegamos, com filmes sobre espiritismo como “Chico Xavier” e “Nosso Lar” nos cinemas. É uma onda que vai durar um tempo, e tudo que vier na carona vai dar certo, desde que seja bem feito — opina Antônio Caloni, o Vicente.


Jayme vai sentir saudade do personagem


Jayme Matarazzo, que encarnou o espírito Daniel, tem mais uma explicação.
— Não foi só o espiritismo que conquistou o público, mas temas que se aproximam do cotidiano das pessoas. Por exemplo, o menino que faz balé. Conseguimos falar com todas as classes. Bate uma dor no coração pelo fim do projeto, construímos uma família muito bonita. Foi um trabalho feito de coração aberto, bem executado e bem recebido — diz ele, que torce para o seu personagem superar a fase revoltada: — Espero que ele se conforme e cumpra com a missão dele, e de todos nós, que é evoluir sempre.

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