sábado, 10 de abril de 2010

Entrevista: Elizabeth Jhin

Espiritualidade, conto de fadas, romance... Autora explica tudo sobre a trama!
Título da Matéria

Formada em Teatro pela Uni-Rio, Elizabeth Jhin foi aluna da primeira Oficina de Roteiros da TV Globo. Após uma trajetória de 15 anos como colaboradora de grandes autores, escreveu sua primeira novela, Eterna Magia, sob a supervisão de Silvio de Abreu, em 2007. Em Escrito nas Estrelas, que estreia na próxima segunda-feira, dia 12, a mineira de Belo Horizonte de jeito simples e fala mansa, mãe de dois filhos, conta com uma equipe de quatro colaboradoras - Eliane Garcia, Lilian Garcia, Denise Bandeira e Duba Elia -, além da pesquisadora Marília Garcia. No relacionado à espiritualidade, recebe assessoria de Luiz Queiroz e Wagner Assis. Confira abaixo a entrevista com a autora da novela!

Como surgiu a ideia da história de Escrito nas Estrelas?
“A história surgiu a partir da leitura de um artigo sobre reprodução humana e os aspectos éticos ligados à ciência genética. Pensei em como seria uma mulher gerar um filho com o sêmen de um homem já falecido e comecei a me perguntar sobre as implicações de um ato desses na esfera espiritual.”

E como você vai abordar essa questão?
“Quis trazer para a trama inquietações transcendentais pelas quais todos passamos. Acredito que o tema da espiritualidade é um bom pano de fundo para uma obra de ficção, para uma bela história de amor. Também pretendo debater os avanços da ciência genética e as questões médicas e éticas que estão associadas a isso. Minha intenção é enfocar a espiritualidade no seu sentido amplo, aquela busca pelo sagrado que existe dentro do homem desde que ele se pôs de pé e conseguiu olhar para o alto. Quero mostrar uma espiritualidade ligada à alegria e ao amor que deveria existir entre as pessoas.”

De todo o trabalho de pesquisa feito para a novela, alguma curiosidade te chamou mais atenção?
“O processo todo de pesquisa para escrever a história foi muito interessante. Foram várias descobertas, muitas ligadas aos aspectos da reprodução humana assistida. Tive a oportunidade de visitar um laboratório especializado e ‘ver’ as etapas de uma fertilização in vitro, de entender as várias maneiras como a concepção pode ser feita artificialmente, e o que me comoveu bastante: os profissionais envolvidos considerarem que, acima de todos os inquestionáveis conhecimento e habilidade humanas, estão lidando com um milagre: a vida é um milagre muito além da união de dois gametas.”

Viviane é uma mocinha pobre, extremamente guerreira e que chega a ter um certo nariz empinado. A personagem passará por transformações quando se aproximar de Ricardo. Na sinopse, você chama essa trajetória de “a Cinderela do século XXI”. De onde surgiu essa ideia?
“Fui imaginando um homem que deseja um herdeiro mas seu único filho está morto. Mas, graças à tecnologia atual, existe o sêmen congelado deste filho, o que abre uma nova perspectiva para esse pai. Mas como escolher a mãe ideal para essa criança tão especial? Aí, claro, me veio à cabeça a história da Cinderela, do pai que manda chamar todas as moças do reino para escolher uma para o príncipe. Como estamos no século XXI, quis fazer uma heroína guerreira como são as mulheres de hoje.”

Um dos afetos retratados na história é o da relação de pai e filho, com Ricardo e Daniel, que apesar de se amarem, são muito diferentes. Viviane vai cruzar o caminho dos dois. Ela sentirá uma afinidade imediata no breve encontro que teve com Daniel e se encantará com os sonhos que tem com o rapaz, mas se apaixonará por Ricardo. Será um embate entre a idealização e a realização. Você acha que o público ficará dividido na torcida?
“Acho que sim! Será um embate entre o amor impossível, por isso mesmo idealizado, e o amor realizável, carnal, com tudo que ele traz de alegria e realização mas também de mágoas e incertezas. Viviane vai ficar dividida a partir de um certo momento embora saiba que o amor que Daniel sente por ela só poderá ser realizado na eternidade.”

O grande vilão da história, Gilmar, é extremamente sedutor. Corre o risco de o público se apaixonar por ele?
“Acho que sim! O vilão de modo geral é uma figura muito atraente porque realiza uma série de fantasias nossas pouco confessáveis. O Alexandre está fazendo brilhantemente o Gilmar! Aliás, o elenco está maravilhoso, estou muito feliz e orgulhosa com isso!”

Por trás das câmeras há o olhar do diretor de núcleo, Rogério Gomes, e é a primeira vez que vocês trabalham juntos. Como tem sido essa dobradinha?
“Estou encantada com o talento e a dedicação do Rogério! A impressão que tenho é que já trabalhamos juntos há muito e muito tempo, tal o entrosamento que alcançamos. O Rogério está transformando a novela em algo muito especial, fico emocionada e agradecida ao ver as cenas que foram gravadas. Espero que a ‘dobradinha’ continue por muitos anos!”

Não perca a estreia de Escrito nas Estrelas na próxima segunda-feira, dia 12!

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