domingo, 11 de abril de 2010

“Acho que o meu trabalho é muito intuitivo”

Confira a entrevista com o diretor de núcleo Rogério Gomes, o Papinha

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Ele já foi operador de VT e editor de imagens, dirigiu diversos clipes exibidos no ‘Fantástico’ e alguns shows de rock. Mas quando começou a trabalhar com dramaturgia, Rogério Gomes, filho do locutor Hilton Gomes, nunca mais parou... Papinha, como é conhecida por sua equipe, se apaixonou pela televisão quando começou a acompanhar o pai nos estúdios da TV Tupi.
Depois de inúmeras novelas e minisséries, em Escrito nas Estrelas, Rogério assina pela primeira vez a direção de núcleo de uma novela. Em entrevista, ele conta detalhes da conceituação da novela e a parceria com a autora Elizabeth Jhin.

O que foi mais desafiador de conceituar esteticamente nessa novela?
“O mais difícil foi conceituar os dois planos que aparecem na trama, o terrestre e o espiritual. O terrestre foi mais tranquilo, pois é realista como costumamos fazer em novelas. O outro plano foi mais complicado. Pensei inicialmente em gravar em locais com natureza muito bonita, mas achei que poderia confundir o público. Busquei, então, um universo mais lúdico, mágico, com painéis pintados, inspirado de certa forma no que o Luiz Fernando Carvalho fez na minissérie ‘Hoje É Dia de Maria’.”

E a fotografia da novela? Você preparou algo especial?
“Quem faz a direção de fotografia é o Sergio Tortori, com quem já trabalhei algumas vezes. Nas imagens realistas, não tivemos uma preocupação especial, só o cuidado que sempre temos em fazer uma luz bonita. Para o plano espiritual, estamos gravando em 24 quadros por segundo, em vez dos tradicionais 30. Isso provoca na imagem uma textura um pouco diferente. Também estamos trabalhando com uma luz mais recortada, que se aproxima de uma estética cinematográfica. Nesse plano espiritual estamos usando ainda uns recursos diferentes nos voos dos personagens. Associamos os efeitos tradicionais de levitação do ator a movimentos executados dentro d’água, o que ameniza o efeito da gravidade, deixando-os mais suaves. Acho que essas cenas serão uma bela surpresa."

Entre as equipes de criação, é comum ouvir que você busca sempre o equilíbrio nas composições dos quadros, sem muitas “regras” predeterminadas. Como você define o seu trabalho?
“Acho que o meu trabalho é muito intuitivo. Olho tudo que está ali, o que está bom ou ruim, e vou mexendo até consertar. Quando abro a câmera, é como se fosse uma tela em branco, livre para poder pintar.”

Como está sua expectativa para Escrito nas Estrelas, que marca sua primeira parceria com a autora Elizabeth Jhin?
“ A Beth merece todo sucesso do mundo, nossa interação é ótima. E acho que o público vai gostar de assistir à novela, que conta uma grande história de amor.”

Não perca a estreia de Escrito nas Estrelas na próxima segunda-feira, dia 12!

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